Por Ciro Pereira
No dia 19 de novembro de 2021 o Prefeito de Belo Horizonte, Alexandre Kalil disse de forma pública nos meios de comunicação da nossa cidade: “‘a prefeitura não vai patrocinar o carnaval”. Uma afirmação como essa é o mínimo esperado de um Prefeito que deixou a cidade mais tempo fechada que qualquer outro, seguindo uma coerência de evitar contágio e disseminação do coronavirus, conforme toda a explanação que ouvimos do comitê de covid criado na capital mineira.
Contudo, mais uma vez estamos diante de uma série de falas midiáticas do Prefeito, que usa jornais e entrevistas para fazer sua propaganda política, mas não cumpre nem executa suas promessas eleitoreiras. O que se pode observar é que os preparativos para a folia estão a pleno vapor na Prefeitura de Belo Horizonte.
No DOM – Diário Oficial do Município (dia 19/01/2022) já consta a aprovação da licitação para contratação do serviço de banheiros químicos pela BELOTOUR (setor responsável pela cultura e eventos de Belo Horizonte), no valor de R$ 1.414.755,72 (um milhão, quatrocentos e quatorze mil e setecentos e cinquenta e cinco reais e setenta e dois centavos). Já para o cidadão de Belo Horizonte, que tanto cobra um serviço de qualidade de banheiros públicos na lagoa da Pampulha e diversas praças turísticas de nossa cidade, infelizmente, essa não é a destinação dessa locação.
O pregão eletrônico 008/2021 realizado para este fim, tem por resultado fazer um registro de preço, isto é, uma ata com o registro da cotação aprovada para este serviço e já deixar engatilhada a contratação, a qual poderá ocorrer no período máximo de 12 (doze) meses. Muita coincidência, ou é literalmente tentar fazer o belo-horizontino de palhaço?
Já oficiei a Prefeitura com um pedido de informação à respeito dessa informação no diário oficial e vou aguardar respostas do Prefeito Alexandre Kalil. Mesmo em janeiro, no meu recesso parlamentar, sigo fiscalizando a cidade e não vou permitir que o executivo tenha essa postura. Os eventos são importantes economicamente para nossa cidade, mas a falta de coerência do Prefeito, usando critérios como bem deseja e no final punindo o comerciante da cidade, não pode passar despercebidas para os mineiros.