A morte de João Batista abalou Nosso Senhor, que naquele dia quis ficar só, precisou de uma pausa.
Tão conhecido no evangelho é a amizade entre Jesus e João Batista. Os primos eram amigos desde o ventre. Quando Maria saudou a prima, o menino de Isabel saltou no seu ventre e Isabel ficou cheia do Espírito Santo. (Lucas 1:41). Escolhido por Deus para ser o profeta que prepararia o caminho para o Messias, João sempre foi um profundo reconhecedor do magnitude da missão de Jesus.
João tem o privilégio de batizar Jesus. O batismo de Nosso Senhor por intermédio de seu primo mostra a humildade e cuidado em serem obedientes aos mandamentos e leis da época. Reconhecem a importância um do outro, provando um respeito e uma amizade inegável.
Tempos depois, João foi perseguido e preso por Herodes ao denunciar sua infidelidade. Pouco tempo depois, morreu de forma trágica, ao ter sua cabeça cortada e servida em uma bandeja a pedido de Salomé, filha do rei. E naquele momento, após saber sobre a morte de João Batista, Jesus quis ficar só, teve a necessidade de retirar-se de cena. “Quando Jesus ficou sabendo o que tinha acontecido, saiu dali num barco e foi sozinho para um lugar onde não tinha ninguém.” (Marcos 6,30).
A vida de Jesus é um manual de vida reta. Passagens como está nos mostra o quanto o ser humano é perceptível as emoções cotidianas. Até a vida de Jesus teve perdas, lutas e o Senhor sofreu, retirou-se, calou-se. Se a vida de Jesus, poderoso, magnânimo em Glória sofreu terrenamente, nos seres humanos também estamos propensos a situações desagradáveis. Pela primeira vez na bíblia, Jesus pede para ficar sozinho. Jesus precisou de um tempo de reflexão para sepultar a sua dor. Horas depois Jesus voltou, fez milagres, curou doentes, multiplicou alimentos.
Em especial essa parte da vida de nosso Senhor vem nos mostrar o quanto precisamos viver certos momentos ainda que de dor, precisamos de pausas de reflexão. Contudo, o tempo deve ser o sufiente para alinhar novamente nossas ideias e continuar a missão divina a qual todos estamos sujeitos na terras. Jesus refletiu, sepultou sua dor. Naquela ocasião, permitiu-se ser sarado e continuar seu legado. Assim devemos ser, ancorados no exemplo de Jesus, sempre que necessário parar, para continuar a trabalhar e a viver em conformidade com a vontade de Deus.