Por Thaysa Silva
“Que o destino de cada um é, ao mesmo tempo, sua maior delícia…” Esta belíssima frase foi dita por José Ortega y Gasset (amplamente considerado o maior filósofo espanhol do Século XX, um dos primeiros autores a tratar do problema da historicidade fora dos padrões do evolucionismo, do marxismo ou do positivismo). Ao ler este brilhante filosofo jamais poderíamos sintetizar em mera expressão verbal o impacto de suas palavras. Fazemos a leitura de escritos como estes, com o ser humano fragilizado que somos e sentimos tocar a alma, o coração, a vida! A vida na sua mais sublime particularidade e somos chamados à refletir: o que nos resta hoje da filosofia? O que estamos lendo e jamais vivenciamos? O que nos deixa em simples amontoados de livros Sócrates, Platão, Aristóteles e tantos outros?
Não temos o privilégio de viver em um tempo no qual a filosofia é o motor da vida! Podemos apenas pensar, o que sente a alma aluna de Santo Agostinho? Com que jubilar de alegrias inenarráveis observa o mundo o aluno de Kant? Nossos corações, hoje, anseia por essa reflexão! Os ícones, os notáveis, os imortais provavelmente nos deixam uma parcela de seu tão grandioso modo de ver a vida, de sentir, de voltar-nos a nossas misérias e nos reunir ao nada que somos!
É importante, agora, saciar tudo o que dispomos ao alcance de nossas mãos: páginas! Páginas que paralisam, moldam e nos dão a oportunidade latente de conhecer um pouco mais sobre a filosofia e consequentemente moldar um viver mais atento. É preciso destinar tempo e energia às reflexões dos grandes filósofos.
Haverá sempre um mistério, um ponto de incompreensão, algo eminente e fugaz em sua essência. A convivência com bons filósofos nos aguçam a oportunidade latente de ter base firme, valores sólidos e propósitos nobres na trilha do viver. Ter uma natureza questionadora ancorada aos louváveis nomes da filosofia nos possibilita uma bondade de valores e virtudes, para isso é preciso muito empenho e espírito construtivo. Estudar, com bases ancoradas em nobres filósofos e, entender os porquês faz nossa breve existência, no mínimo, mais significativa.