Por Marisol Gomes
Era inconcebível há alguns anos qualquer tipo de imposição, indagação ou mera pergunta sobre o momento em que teria filhos. Simplesmente, não os queria por imaginar os inúmeros desgastes na vida profissional, financeira e intelectual.
Não precisei de nenhuma militante de cabelos coloridos e sovacos cabeludos, ou até mesmo feministas que não se aparentam fisicamente, mas induzem a todo vapor seus ideais na sociedade, para me fazer pensar assim. Bastaram as referências ao sexo feminino, que absorvi em meus anos escolares, uma dose de consultas na internet e a boa falta de estudo, reflexão e a própria conversão ao Cristianismo.
“Meu corpo minhas regras” é uma hipocrisia, mas ele é muito bem vivido em cada pílula de anticoncepcional que se toma, em cada pílula do dia seguinte e até mesmo em cada DIU que é utilizado. Todos potencialmente abortivos de uma vida e muito eficazes nas perdas de nossas almas.
Vivemos em uma sociedade na qual a autofagia feminista virou lugar-comum. O desejo de cuidado foi convertido pela competição acirrada com o próximo, independentemente de quão próximo seja. É um processo de autodestruição da família que está bem debaixo do nosso nariz, quando não nos enxergamos mais em um lar. Tenho descoberto que isso é mais comum do que se possa imaginar.
O que mudou em mim? Processo de conversão, a minha volta à Igreja (daí tem muito mais História). Por mim mesma, estaria como muitas: perdida no abismo que é uma alma sem Cristo mas autoconfiante na bondade de Deus, pulando qualquer estágio de dor e abnegação.
O espaço definitivamente não é imposto pela cultura, mas é cuidadosamente reservado por Deus para que preservemos nossa feminilidade e sejamos plenas. Contudo, confesso que ainda preciso orar todos os dias para agir com coragem e conseguir fazer um trabalho digno de uma mulher de verdade.
Túlio Lacerda
24 de fevereiro de 2021 em 16:49
É Marisol, a grande maioria vive como se Deus não existisse e a sedução das ideias egoístas nos atrai através de uma porta bem larga, dificultando nosso questionamento. A mulher representa o aspecto feminino de Deus, e apesar da fragilidade física, é muito mais forte que o aspecto masculino. Quando o Homem Aranha disse no filme, “Quanto maior o poder, maior a responsabilidade”. Falo do poder de “mãe”. Precisamos muito das vocês.
Marcos Teixeira
24 de fevereiro de 2021 em 15:16
Corrigindo o erro de digitação “degeneração de nosso tecido social”.
Marcos Teixeira
24 de fevereiro de 2021 em 15:14
Texto extremamente claro e assertivo. A imposição cultural atual da autofoagia feminina como exposto pela autora é patente e causa evidentemente a degeneral de nosso tecido social. Parabenizo-a.