Por Maria Fernanda Senna – Pauta Independente
“O tamanho dos pecados não importa, desde que seu efeito cumulativo seja o de afastar o homem da Luz e levá-lo para o Nada. O assassinato não é mais eficaz que o jogo de cartas se o jogo de cartas já for suficiente. De fato, o caminho mais rápido para o Inferno é aquele que é gradual – um leve declive, um caminho suave, sem curvas abruptas, sem marcações e sem placas.” Trecho do livro.
Clive Staples Lewis, comumente referido como C. S. Lewis, foi um professor universitário, escritor, romancista, poeta, crítico literário, ensaísta e teólogo irlandês. O autor é conhecido por suas obra de ficção “As crônicas de Nárnia” e livros de cunho cristão. As anotação são como um remédio para Lewis e talvez isso explique a beleza incomparável e aprendizados de suas obras.
O livro “Cartas de um diabo a seu aprendiz” é um emaranhado de cartas escritas para o aprendiz Vermebile pelo seu tio e tutor Fitafuso. Trata-se de cartas em que o demônio Fitafuso instrui seu sobrinho ao ofício da tentação humana. Com as inquietações pontuadas, o leitor consegue refletir minuciosamente sobre atitudes cotidianas e é chamado a mudar sua postura diante da vida.
No decorrer do livro um ateu começa o processo de conversão é convidado a conhecer Jesus e usar a religião como arma política e social. O livro traz à tona a questões de como ser humano é vulnerável e como o tempo chega como um dom para todos.
O livro retrata temas como gula, frustração, castidade, amor, ansiedade, covardia, intrigas, falsa espiritualidade, orgulho e egoísmo espiritual, sempre evidenciados em terrenos conhecidos do leitor.
A linguagem do livro é formal, clara e com um tom de ironia, Lewis convida seu leitor a uma verdadeira postura atenta diante de fatos que, no dia a dia podem passar despercebidos. É uma leitura de grande importância para quem deseja ter um olhar mais minucioso diante da vida cotidiana e espiritual.
Maria Fernanda Senna